quarta-feira, 10 de junho de 2009

Sobre Guitar Hero II PS2

Com uma jogabilidade fácil e divertida de simular a ação de se tocar uma guitarra e fazer o jogador se sentir um verdadeiro “Deus do Rock”, Guitar Hero facilmente conquistou o posto de um dos melhores jogos musicais de todos os tempos. Suas diversas músicas, graus de dificuldades e jogabilidade fizeram deste game um verdadeiro marco no Playstation 2. E novamente, a RedOctane (produtora de controles especiais para jogos musicais ritmados) une-se a Harmonix Music para desenvolver a seqüência deste estrondoso sucesso.

Se você pensa que essa seqüência é apenas uma simples continuação semelhante ao original, apenas com novas músicas, é melhor mudar seus conceitos. Temos aqui novos modos adicionados como o jogo cooperative (com guitarra e baixo para serem tocados), o novíssimo practice mode para ajudá-lo a se ritmar e aprender os macetes para se tocar os mais difíceis solos em todo o game (acredite, você VAI precisar), e o career mode reformado que perpetuará a longevidade do game.

Mas prepare-se, com as diversas aquisições e reformulações, o jogo se tornou mais difícil que o seu percussor, com músicas de velocidade e ritmos muito acelerados, que requerem o máximo de precisão. Isto torna o Guitar Hero II, inicialmente, menos acessível para novatos, mas nada que algumas horas de treino não faça com que os novatos se tornem craques na arte de tocar no controle.

E por falar em controle, o controle-guitarra se torna um item de suma importância para um melhor aproveitamento de tudo o que o jogo oferece. Para os marinheiros de primeira viagem, o controle-guitarra apresenta um botão principal para dedilhar, bem como outros cinco botões coloridos no topo da guitarra. Na tela, notas coloridas da mesma forma que os botões do controle passam durante o jogo, e você precisam usar seus dedos no botão colorido enquanto aperta o botão de dedilhar junto, simulando assim os toques de uma guitarra de verdade. Quanto mais pontos você fizer, você começará a produzir diversos combos e multiplicando sua pontuação final. Mas se você se sair mal durante a música, seus pontos irão diminuindo e sua barra de desempenho (a rock meter) ficará vermelha. Se sua pontuação na barra continuar a cair, é GAME OVER. Entretanto, com seus sucessos, você irá ganhar star power ao executar corretamente uma seqüência de notas. O star power alimentará o rock meter, fazendo (literalmente) incendiar a tela, duplicando a pontuação se continuar com o bom desempenho. Acredite, uma vez que você incendiar a tela da sua TV com os seus dons do rock, vai ser muito difícil parar.

Mas além da excelente jogabilidade e diversão, a outro atrativo importantíssimo para o Guitar Hero II: as músicas. Esta seqüência apresenta uma variada coleção dos maiores sucessos musicais do rock, incluindo muito mais músicas que a versão anterior. São ao todo 64 faixas musicas, com 40 delas sucessos de diversos artistas famosos e 24 delas são bônus destraváveis de bandas menos conhecidas. A lista de músicas viaja pelas mais diversas eras e gêneros do rock, do clássico 70s ao black metal moderno. Alguns nomes de peso, como Aerosmith, Cheap Trick, the Rolling Stones, Nirvana, Guns N Roses, Rage Against the Machine, The Police, Megadeth e Lynyrd Skynyrd dão o ar da graça no jogo.

Jogar Guitar Hero II não é tão diferente quanto jogar o Guitar Hero, pelos menos não nos primeiros níveis de dificuldade. Os modos Easy e medium foram claramente desenvolvidos semelhantes aos níveis de dificuldade do primeiro jogo. Mas no momento que se troca para o HARD, prepare-se! Você vai ralar muito para conseguir pelo menos “sobreviver” até o final da música. A diferença para os níveis anteriores é absurda, até mesmo para os padrões da primeira versão do game. Os veteranos no Guitar Hero vão se sentir motivados a superar seus limites. Para iniciantes, tal experiência pode ser aterrorizante, mas não se assuste. Com um bom treinamento e prática, você poderá acompanhar e até detonar no modo HARD. Mas paciência é uma virtude, principalmente no Guitar Hero.

A maior dificuldade do jogo, se comparada com a versão anterior, provavelmente advém dos rápidos e loucos solos do Guitar Hero II, em oposição às enfáticas e clássicas passagens encontradas no primeiro jogo. Não que seja uma mudança ruim. Ela é apenas diferente (até demais) que a versão anterior. Jogadores agitados que gostam das seqüências alucinantes de mexer todos os dedos durante a música vão adorar. Mas aqueles mais clássicos (eu sou um desses), que gostam de deslizar suavemente os dedos na guitarra, enquanto executam calmos e tranqüilos solos podem se frustrar inicialmente pela falta de opções. O jeito é aproveitar o que oferece o Guitar Hero II ou adaptar-se aos ritmos frenéticos (o que não chega a ser uma má idéia). Basta treinar, pequeno gafanhoto.

E falando em velocidade, os produtores do jogo decidiram mudar um pouco o ritmo de diversas seqüências musicais, fazendo o jogador experimentarem a chamada seqüência de três em diversas partes do game. A idéia aqui é apertar três botões enquanto os outros dois ficam disponíveis, executando as diversas variações de notas durante a passagem da música. No início é até fácil, mas com o aumento da velocidade e dificuldade, você terá que ser um verdadeiro “Hero” para conseguir acompanhar a louca seqüência de “botão sim / botão não” dos psicóticos solos do modo HARD. Existem ainda outras seqüências como as viradas de notas, os solos de baixo e etc. Neste item, os produtores estão de parabéns. A variedade é imensa.

E para nos salvar de desastrosas tentativas de aprender o ritmo do game, surge o salvador practice mode. Aqui você pode executar suas passagens e tentativas músicas sem se preocupar com o rock meter, podendo errar a vontade e aprendendo com esses erros. Agora, o jogador pode tocar até mesmo passagens especificas da música que desejar como os mais variados solos, na velocidade que quiser. A música pode ser destrinchada pedaço por pedaço, na velocidade que o jogador quiser. Após algumas sessões de treino nesse modo, você poderá encarar aquela música assustadora a principio, mas que se torna até fácil com o treinamento.

Inicialmente, o modo Career é onde o jogador passará um bom tempo jogando. Ao completar as diversas passagens do modo, as mais variadas músicas serão destravadas. Quanto mais se joga, mais musicas são destravadas, bem como mais pontos são adquiridos para serem gastos na loja do Guitar Hero. Novos personagens, roupas, guitarras, e até músicas podem ser compradas nele. Que tal comprar aquela guitarra dourada ou até mesmo uma que se assemelha a um machado? Aqui você pode.

O multiplayer do game foi aprimorado. Temos o mesmo modo competitive do game anterior, onde você e um amigo disputam para ver quem toca melhor a música. O outro modo presente é o cooperative, onde um player joga com a guitarra base, enquanto outro joga com o baixo ou guitarra auxiliar. É divertido ver a harmonia dos dois instrumentos. O baixo apresenta movimentos simples e repetitivos se comparados à guitarra principal. Mas a diversão também estará garantida para quem escolher esse instrumento. Em muitos momentos, o baixo será enfatizado em diversas passagens, que somados com os solos da guitarra principal formam um verdadeiro show. Uma vez que dois jogadores experimentarem essa sensação, será muito difícil não repetir a dose pelo menos com todas as músicas do game.

Agora um ponto bastante negativo nesta seqüência, os gráficos. Guitar Hero já não apresentava gráficos expressivos no game anterior, o que se repetiu nesta seqüência. O visual rock-punk-gótico continua presente na série, em seus diversos personagens, guitarras e roupas. Mas poderia ter havido melhoras, principalmente nas expressões e movimentos. Parece que Guitar Hero II colocou os bonecos do The Sims para tocarem guitarras. Com um certo tempo de jogo, você achará os gestos, caretas e seqüências de movimentação dos personagens bem artificiais, o que pode desagradar aqueles que procuram bons gráficos neste game.


Observações finais
Sem sombra de dúvidas, Guitar Hero II é uma experiência única para os donos de Playstation 2. O modo multiplayer é fantástico, a lista de músicas é colossal, e o modo practice é uma verdadeira mão na roda para se aprender o ABC do game, bem com o desenvolver todo o potencial do jogador. O único ponto realmente negativo para ser enfatizado é que Guitar Hero II se assemelha bastante ao seu antecessor no quesito gráfico, que não é um dos pontos fortes da série. Mas, a seqüência frenética da trilha sonora de rock-and-roll do game e sua jogabilidade irão providenciar horas e mais horas de diversão para todos que se aventurarem neste mundo musical.

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